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Mostrando postagens de 2025

Hoje Ontem

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Mãos me fascinam enormemente, acredito que nelas estão toda a história da vida de uma pessoa. Quando olho para as mãos de alguém, principalmente idosos, imagino pelo o que aquelas mãos passaram o que faziam para viver, são vivencias e cicatrizes que não só a alma carrega, mas sim, em especial as mãos. As fotos foram feitas em julho de 1999, um trabalho que estava a espera de um porque, o momento chegou, a passagem para a cianotipia foi feita em 2021. Uma lembrança e homenagem ao hoje e ontem. Ontem agora  Aranha rendeira  tece de novo o nhanduti do sonho  com o mesmo fio de outrora.  A alma se enreda  na teia sutil  de ontem agora.  Helena Kolody  Hoje Ontem  Hoje é o futuro de Ontem  Amanhã é o Ontem de Hoje  Como nossas mãos carregam tantas cicatrizes   Tantas histórias, tantas indas e vindas por lugares,  Corpos e objetos.  Observe-as, e irá sentir o Hoje Ontem das pessoas.  Vivien Zanlorenzi

Ressurection — Arte como testemunho do renascimento coletivo

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Criada logo após a pandemia, Ressurection não é apenas uma obra visual, é um manifesto silencioso, uma elegia à sobrevivência e à esperança. A mão que emerge das águas turbulentas carrega o peso de milhões de outras que também lutaram para respirar, para se reerguer, para reencontrar o céu depois de tanto tempo submersas. A exposição que acolheu essa obra tornou-se palco de memórias compartilhadas. Cada traço, cada respingo de cor, ecoa o trauma e a força de um tempo em que o mundo parou, mas o espírito humano não se rendeu. A água, símbolo de purificação e de perigo, envolve o braço como se tentasse retê-lo, mas é vencida pela vontade de ascender. O céu, em tons suaves, representa o futuro que se abre: incerto, mas possível. Ressurection é, portanto, um rito de passagem. Um lembrete de que, mesmo nos dias mais sombrios, há beleza na persistência. Que a arte pode ser cura, e que o gesto de levantar a mão, seja para pedir ajuda, seja para tocar o infinito, é sempre um ato de fé.

Livro da Artista "Ciclos da Vida"

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 A Vida e a Morte caminham lado a lado desde o instante em que os pulmões se abrem ao primeiro sopro de ar. Nesta série, busco revelar o limiar delicado entre esses dois estados, o nascimento e o fim, e a extrema fragilidade que os separa. Cada página é uma reflexão sobre esse instante de transição, onde a existência se mostra efêmera e preciosa. O livro-obra torna-se metáfora desse sopro inicial, ao mesmo tempo promessa e despedida, luz e sombra. Técnica: Livro da artista Materiais: tinta acrílica sobre papel envelhecido com chá, aplicação de folhas de ouro Medidas: 16,5 x 24 cm fechado; 33 x 24 cm aberto Ano: 2023

Dispares - Livro da Artista

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Díspares nasceu como algo que transcende minha breve existência e meus sentimentos aparentemente insignificantes. É uma obra que dialoga com a realidade e expõe minha alma em sua totalidade. Como o título sugere, tudo na vida possui dois lados: o bom e o ruim, o feio e o belo, a escuridão e a claridade. Este livro-obra revela ambos os lados do meu ser, convidando o espectador a senti-los. De um lado, a escuridão tingida por cores; do outro, a claridade que carrega as mesmas tonalidades do lado escuro. Ambos conversam entre si, interligados de maneira sutil, mas ainda assim completamente díspares. É nesse contraste que se simboliza a dualidade da vida: o externo e o interno, o visível e o íntimo.   Dimensões: 0,14 x 0,20 m fechado; aberto em estrela: 0,45 m de diâmetro e 0,20 m de altura  Materiais: tinta acrílica sobre papel Montagem: papel sulfite colorido 90 g e papel cartão preto

CATÁLOGO GERAL do ACERVO do MAC MUSEU de ARTE CONTEMPORÂNEA do PARANÁ

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Uma de minhas obras como parte do acervo do MAC/PR. Segue o link 👇 https://www.mac.pr.gov.br/sites/mac/arquivos_restritos/files/documento/2022-06/catalogo_geral_acervo_mac_1.pdf Quando ainda usava apenas meus dois nomes, sem sobrenome, inicio de carreira. 

A arte diáfana de Vivien Zanlorenzi (Revista Toró)

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Confiram minha obra na Revista Toró, no link:👇  https://medium.com/toroeditorial/a-arte-di%C3%A1fana-de-vivien-zanlorenzi-95333de33395

Livro da Artista "Herba Residem“

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A obra  “Herba Residem” (Grama Reclusa) , concebida em abril de 2020 durante a quarentena, traduz em forma plástica a experiência de isolamento humano e a busca por introspecção em tempos de crise; composta por dez páginas em tempera gouache sobre papel, com dimensões que reforçam sua natureza íntima, o livro evoca tanto a dramaticidade da reclusão quanto a intensidade do conhecimento interior, remetendo às pandemias históricas como ciclos de controle natural da humanidade e, ao mesmo tempo, simbolizando a resistência silenciosa da vida que persiste mesmo em condições de escassez, tornando-se um testemunho artístico da resiliência e da profundidade que emergem da adversidade. Trabalho feito com Tempera Gouache sobre papel. O material escolhido também remete a tempos escassos. O livro é composto de 10 páginas, nelas procurei trazer a dramaticidade da reclusão e ao mesmo tempo a intensidade do conhecimento interior. "Herba Residem", em português "Grama Reclusa"........

Entre Caminhos e Palavras: Quem Sou Eu

Há quem diga que somos feitos de histórias, e eu acredito nisso. Cada passo que dei até aqui foi tecido por encontros, descobertas e silêncios que moldaram quem sou. Eu sou alguém em constante movimento, não apenas no espaço, mas dentro de mim. Carrego paixões, curiosidades e uma vontade quase insaciável de compreender o mundo e, ao mesmo tempo, deixar que o mundo me compreenda. Escrevo porque acredito que palavras têm o poder de criar pontes invisíveis. Elas atravessam distâncias, unem desconhecidos e revelam verdades que muitas vezes ficam guardadas no fundo da alma. Este blog é o meu espaço de respiração. Aqui compartilho fragmentos de mim: reflexões, experiências, inspirações e até dúvidas. Não busco respostas prontas, mas sim diálogos. Quero que quem me encontra aqui sinta que há um convite aberto; para pensar, sentir e se reconhecer nas linhas que escrevo. Se você chegou até mim, talvez não seja por acaso. Talvez nossas histórias tenham pontos de encontro ainda invisíveis. E é ex...

Livro da Artista "In memoriam"

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"In memoriam" é uma homenagem a uma pessoa que marcou muito minha vida e teve uma imensa participação no que me tornei. Uma memória de muitas costuras e lanches da tarde deliciosos, regados por pães feitos em casa e chás. Minha infância está neste livro da artista, produzido com saquinhos de chás usados, tinta acrílica aquarelada, folha de ouro e linha de costura. Em cada página um ponto diferente de costura, um ponto que liga o passado ao presente, lembranças e amor eterno.  Dados da obra: Materiais/técnica: 13 saquinhos de chá usados, tinta acrílica aquarelada, folhas de ouro e linha de costura Dimensão: 6,3X 5,2cm

Livro da Artista - Trilogia “In memoriam”

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A obra Trilogia “In memoriam” é uma delicada e poética investigação visual sobre a memória afetiva, que entrelaça passado e presente por meio de elementos simbólicos e materiais sensoriais. Composta por três peças em papel, cada uma medindo 7,5 x 7,5 cm quando fechada e 31 x 21 cm aberta, a série utiliza impressões de saquinhos de chá, objetos cotidianos carregados de intimidade e ritual, como suporte para aquarelas suaves, aplicações de folha de ouro e cordões dourados. Esses materiais evocam tanto a fragilidade quanto a preciosidade das lembranças. A escolha do chá como matriz simbólica é especialmente significativa: ele remete ao tempo, à pausa, ao cuidado e à convivência, funcionando como um elo entre o sensorial e o emocional. A aplicação de folha de ouro confere à memória um caráter sagrado, quase litúrgico, enquanto o gesto de abrir e fechar cada peça sugere o movimento interno de revisitar o que foi vivido. A obra convida o espectador a refletir sobre como as lembranças molda...

Minha paixão pelo livro de artista

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  RecnaC 2022 O livro de artista é, para mim, uma fusão poética entre arte e literatura visual — uma forma de expressão que transcende o papel e se transforma em experiência. Desde cedo, os livros foram portais para minha imaginação. Ao mergulhar em romances, eu não apenas lia: eu vivia as histórias, sentia seus personagens, caminhava por seus cenários. Hoje, como artista plástica formada em gravura, essa mesma entrega à imaginação se reflete em minha produção artística. Meus livros de artista não são feitos para serem simplesmente folheados. Eles são criados para serem imaginados , sentidos , vividos . Cada página, cada textura, cada contraste entre luz e sombra carrega fragmentos da minha vida, das minhas inquietações, dos meus sentimentos mais profundos. São obras que convidam à introspecção, à autoavaliação, ao autoconhecimento, caminhos que a arte abre diante de nós. Acredito que a arte tem o poder de transformar. Talvez não o mundo inteiro, mas certamente o mundo de alguém....

Livro da Artista "ADSUMOS" 2020

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Dados da obra: Materiais/técnica: café aquarelado, tinta acrílica aquarelada, folhas de ouro, linha de costura e colagem. Dimensão: 21,5x11 cm fechado. 43X11 cm aberto O mundo mudou e muitos de nós não estão mais aqui. A sensação de estarmos sozinhos é imensurável. Cada ser com seu eu em flagelo, o mundo está em convalescência. Este Livro da Artista, com todas manchas, nuances e linhas tortuosa, feitas sob muita cautela, transmite meus sentimentos, prazeres e desprazeres neste momento. As folhas de ouro aplicadas displicentemente são momentos de impulso compulsivo de gasto desnecessário. As colagens são como ataduras que sempre tem algo por trás e sobretudo uma razão de ser. A utilização do café como base para as manchas iniciais, também tem um significado ímpar, é utilizado para nos mantermos em estado de alerta, sempre à espreita de algo. Enfim. Estamos aqui, é o que nos resta. Adsumus, id quod reliquimus. 

Processo criativo

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  Meu processo criativo é orientado pela escuta e pela observação sensível do meu próprio cotidiano. A matéria da arte, para mim, está nas relações, nas memórias, nos gestos e nas camadas que compõem o tempo vivido. Pinto como quem costura afetos, como quem tenta traduzir o invisível em cor e forma. Cada tela é um espaço de encontro; entre mim, o mundo e quem a observa. A arte, no meu entendimento, é uma linguagem de resistência e de revelação. Ela nos permite dizer o que não cabe em palavras, acessar o que está silenciado, e imaginar o que ainda não existe. No mundo, a arte tem o papel de abrir frestas: para o sensível, para o diverso, para o humano. Ela não resolve, mas transforma. Não explica, mas toca.   E é nesse movimento de abertura que ela nos convida a ver com outros olhos.

Conheça a artista Vivien Zanlorenzi - Clik Museus

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https://clickmuseus.com.br/conheca-a-artista-vivien-zan lorenzi/