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Mostrando postagens de outubro, 2025

Poesia inspirada em minhas obras - por Carmem Pliessnig

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 Um privilégio para poucos, uma poesia inspirada em minhas obras pela poetisa Carmem Andrea Soek Pliessnig. Só tenho a agradecer o carinho.   A BUSCA Pensativa... Observa a arte da vida Contempla detalhadamente Traços infinitos Pois a criatividade explorada Vai além da imaginação Se admira com o que vê Deslumbrante magia Desenha um mundo Mucho loco Despertando olhares Que almejam saber Qual é o mistério De incríveis momentos Realizados com desenvoltura Crescimento da alma? Presente divino? Tão espontânea Reflete a luz do seu olhar Em um rabisco E o transforma em beleza Que o interior Lança para expor O talento que jamais... Jamais... Se contém em manter-se Isolado   Carmem Andrea Soek Pliessnig

Ainda sobre a série "Per me"

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  Aqui, o coração é real. Anatomia e emoção se fundem em uma imagem que não idealiza, mas honra. O fundo escuro faz com que o vermelho brilhe como resistência. As frases: "coração de mãe", "amor sem fim", "coração valente";  revelam um amor que não se exaure, mesmo diante da dor. Há também uma busca: "onde estou", "onde tu te", como se esse coração estivesse chamando por alguém que partiu, ou por mim mesma. Todas usam o coração como símbolo central, mas cada uma o trata de forma distinta — ora como metáfora poética, ora como símbolo de luto, ora como órgão de coragem e afeto. E o uso de texto manuscrito transmite um toque íntimo, como se fossem páginas de um diário emocional.

Série "Per me"

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"Per me" é uma travessia íntima pelo território do afeto. Nesta série, transformo o coração (símbolo universal e orgânico) em linguagem plástica, poética e visceral. Cada obra pulsa com camadas de tinta, texto e silêncio, revelando não apenas o que sinto, mas como. A presença de palavras manuscritas, ora em espanhol, ora em português, confere à série um tom confessional, como se estivéssemos diante de cartas não enviadas, diários rasgados ou orações sussurradas. O coração, aqui, não é apenas órgão ou metáfora: é personagem, testemunha e altar. "Per me" não é sobre o amor idealizado. É sobre o amor vivido, com seus tremores, lutos e bravuras. É uma série que não pede explicação, mas escuta. Que não se impõe, mas se oferece. Que não fala sobre o outro, mas sobre o que o outro provoca em nós.

Arte é profissão, não vocação romântica

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  Por trás de cada obra há estudo, técnica, pesquisa e trabalho árduo. No entanto, muitos artistas ainda lutam para serem reconhecidos como profissionais legítimos. Falta estrutura, regulamentação e respeito. A sociedade precisa abandonar a ideia do “artista inspirado” e enxergar o criador como agente cultural, empreendedor e trabalhador. Talvez este seja o momento de encarar a verdade: o sistema artístico sempre operou em zonas obscuras, onde o talento é celebrado, mas raramente sustentado. E essa fragilidade se revela até nas burocracias mais básicas: o artista plástico, por exemplo, não pode se registrar como MEI em sua profissão, simplesmente porque não existe um CNAE específico para sua atividade. É como se o Estado dissesse, silenciosamente, que essa profissão não existe. Valorizar a arte começa por valorizar quem a faz, com direitos, contratos, remuneração justa e espaço para crescer. E isso inclui reconhecer o artista como trabalhador formal, com acesso às mesmas ferram...

Retomar o fio: reativando o blog

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 Depois de um tempo em silêncio, volto a este espaço com o desejo de retomar o fio da escuta, da escrita e da partilha. O blog esteve adormecido, mas não ausente — como um caderno que repousa na estante, esperando o momento certo para ser aberto novamente. Reativar este espaço é também reativar uma parte do meu processo artístico: aquela que pensa, que escreve, que compartilha. Aqui, pretendo dividir reflexões sobre o fazer poético, fragmentos de pesquisa, imagens que me atravessam e relatos do cotidiano criativo. Neste momento, estou envolvida em um levantamento sobre o número de artistas plásticos em Curitiba — uma tentativa de mapear, compreender e visibilizar a cena local. Esse movimento também me inspira a pensar sobre presença, sobre redes, sobre como nos conectamos enquanto criadores. Aos poucos, este blog voltará a pulsar. Com textos curtos ou longos, com dúvidas e descobertas, com o ritmo que o tempo permitir. Que ele seja novamente um lugar de encontro.